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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

TURISMO E MEMÓRIA

As pedras da história.

Antes de retomar o assunto, quero esclarecer que não tenho preferência partidária, que minha indignação é pela ações de alguns políticos que ferem a lei de preservação patrimonial e fazem o que querem na cidades históricas de Minas Gerais.

Sei que muitas pessoas, como eu, que amam história e a diversidade cultural, ficaram indignados com a destruição de alguns tesouros da humanidade, promovida pelo grupo Estado Islâmico. Eles não tiveram nenhum respeito pelo passado. Como um praga criminosas burlaram a lei de preservação e reduziram a pó grandes monumentos da história. Ocasionando perdas irreparáveis ao mundo.

Mas está falta de descaso com o passado, não está tão longe de nós. Em muitas cidade históricas, o patrimônio é depredado, abandonado até virar ruína, roubado e vendidos no mercado negro das artes.

A memória talvez seja a grande riqueza de uma nação. E o que nos faz ser o que somos. Nos lembra de onde viemos e nos identifica como povo. Através desta reflexão quero raciocinar sobre um notícia de 24/09/2013 do Estado de Minas, relacionada a Ouro Preto"Asfalto agride a história de Ouro Preto". "O caminho de acesso ao Museu Casa dos Inconfidentes na Vila Aparecida teve suas pedras cobertas pelas máquinas da Prefeitura e se torna alvo de inquérito do Ministério público"(http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/09/24/interna_gerais,452358/asfalto-agride-a-historia-em-ouro-preto.shtml) e "Prefeitura de Ouro Preto é proibida de asfaltar ruas em área tombadas" de 16/06/2015. "A justiça proibiu a prefeitura de Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais, de asfaltar vias públicas(...) A possibilidade de as obras causarem danos de difícil reparação"(http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/06/16/interna_gerais,658699/prefeitura-de-ouro-preto-e-proibida-de-asfaltar-ruas-em-areas-tombadas.shtml)

A memória de Ouro Preto não está apenas nos casarões, nas igrejas e chafariz, nas praças, está também nas ruas de pedras. Sim está que foram escupidas cuidadosamente  pelos escravos, e postas como um quebra cabeça, a adonar o chão. Elas estão ali para lembramos que foram mãos marginalizadas, mãos sofridas, mas talentosas que as fizeram. Elas também simbolizam o jeito de fazer, ou seja a técnica antiga que foi empregada na construção das ruas. A permanência é essencial para os estudos arqueológico e histórico.

O que seria então o asfalto na memória. O asfalto seria aquilo que nos impediríamos de admirar esse trabalho. Ele seria a crosta do esquecimento que nos esconderia o passado. Limitando nosso olhar sobre a cidade histórica. Por fim deixaria os arqueólogos e historiadores sem objeto de estudo e sem conhecer o jeito de fazer antigo, do homem negro e escravizado.

Com certeza Ouro preto seria uma cidade mutilada sem suas ruas de pedra. Pôr o asfalto tiraria parte do seu encanto de cidade histórica.

Ouro Preto foi a primeira cidade a ser patrimônio mundial da humanidade, devemos ter orgulho. Infelizmente, por causa da irresponsabilidade de alguns políticos, poderá ser a primeira cidade a perde-lá 




quinta-feira, 1 de outubro de 2015

FIFTY SHADES OF GREY E O TURISMO


Não é de hoje que a literatura vem ajudando a promover o turismo. “O Código da Vinci”, por exemplo, incentivou milhares de fãs a conhecer as cidades da França e Inglaterra. No Brasil o romance “Grande Sertão: Veredas” inspiraram a semana Roseana e roteiros que conduz o turista as paisagens descritas em livro de Guimarães; na cidade natal de Carlos Drummond de Andrade foram anexadas placas com versos em lugares de destaque do poeta e em Recife esculturas de 12 escritores foram colocados em ruas do município. Enfim as possibilidades de trabalhar literatura e turismo são inúmeras.

As obras literárias, tanto as de tempo remoto quanto as atuais, sempre dominam o imaginário do leitor, o que faz com que o publico queira conhecer os locais que permeiam o livro. Cria-se assim um tipo de mercado consumidor muitas vezes ignorado pelas agencias de viagens. A do segmento de turismo Literário ou Eco-literário. (http://espacodeturismo.blogspot.com.br/2015/09/turismo-ecoliterario-ou-turismo.html)

O exemplo mais recente é a obra mundialmente famosa Fifty Shades of Grey. (Embora o livro não tenha agradado a critica e foi tachado por muitos como um trabalho machista e medíocre). No entanto conseguiu, de acordo com o Jornal Folha de São Paulo, grande projeção que fez com que fãs desperta-se o desejo de conhecer os lugares citados pela autora E.L.James.

Assim é possível criar um circuito turístico que tem inicio no município de Pullman, dentro da Washington State University, onde a protagonista da romance estuda Literatura Inglesa e convive com seu grupo de amigos, antes de conhecer Christian.

Depois a formatura, a inocente Ana transfere-se para um apartamento em Seatle, na redondeza do Pike Place Market. Esse é considerado o mais antigo e tradicional mercado público dos Estados Unidos, por isso é um dos principais atrativos da região. Nele é possível encontrar produtos frescos, artesanato e a ótima gastronomia.  

Na esquina da Fourth Avenue com Virginia Street encontra-se a residência do sedutor Christian Grey. Trata-se de um belo arranha-céu que foi utilizado na gravação de algumas cenas do filme. Depois do sucesso estrondoso do romance erótico, formou-se filas de interessados por uma moradia. Nele o dono poderá ter um apê com mais de 600 metros quadrado e elevador privado, além de desfrutar de serviço personalizado. Esse ambiente luxuoso foi palco das fantasias sexuais entre os dois personagens. Hoje é o local mais visitado pelos fãs.

Na Brunswick Soaring Association, Christian leva a Ana para um passeio de voo. Ele próprio conduziu o planador pelos ares, realizando piruetas de tirar o folego. Quem não tem medo de altura pode agendar um passeio. Um voo de meia hora custa 100 dólares.


Num dos momentos do livro Ana e Christian vão tomar café. As cadeias de café são bem tradicionais nos Estados Unidos, mas entre elas destaca-se a IHOP- Internacional House of Pancakes que é uma casa especializada em panquecas. O cardápio desta é recheado de guloseimas tradicionais no cotidianos dos americanos como ovos mexidos, bacon e waffles.

Outro ponto de parada é o hotel Heathman, na cidade de Portland. Neste ambiente o casal tem encontros bem picantes. Inclusive foi onde ocorreu o primeiro beijo. Curiosamente, após o sucesso do filme, o meio de hospedagem lançou pacotes com tema do livro, por exemplo temos o "50 Shades or Oregon" que incluiu seis noites com jantares românticos privativos, transporte em carros luxuosos e estadia em outros dois hotéis na região. Também começou a oferece passeios de helicóptero, programas especiais para casais e kits de sadomasoquismo. O bar do hotel batizou uma das bebidas de “50 Shades”. Essa é composta de gim, tangerina, suco de romã, limão e tomilho fresco. Tudo para se assemelhar ao clima de Fifty Shades of Grey.

Referencias 

http://www1.folha.uol.com.br/turismo/2015/02/1591763-fas-podem-conhecer-locais-do-filme-cinquenta-tons-de-cinza.shtml
http://vejasp.abril.com.br/blogs/viagem/2014/07/50-tons-de-cinza-tour-lugares-sexo-portland-seattle/